A.Super Aguri F1 foi um sonho do ex-piloto Aguri Suzuki, o primeiro japonês a subir ao pódio da categoria, em 1990, e também o resultado do entusiasmo provocado na torcida japonesa pela performance de outro piloto japonês, Takuma Sato, no campeonato de 2004. No seu site, a Aguri dizia ser “patrocinada”. pelo povo japonês e realizar o sonho de Aguri Suzuki é realizar o sonho do povo japonês. Mas o sonho não durou muito. Em abril de 2008, depois das primeiras corridas, a equipe teve de abandonar o campeonato, por problemas financceiros.
A.Aguri foi a primeira escuderia com sede no Japão, mas tinha a base de operações na antiga fábrica da Arrows, em Leafields, na Inglaterra. Por ser apoiada pela Honda, que lhe cedia os motores, seus carros eram denominados Super Aguri Honda e a equipe considerada a Honda B extra-oficial da Fórmula 1.
A intenção de criar a equipe e disputar o campeonato do ano seguinte foi comunicada à FIA no dia 1º de novembro de 2005, mas a sua inclusão no quadro da Fórmula 1 só aconteceu a 26 de janeiro de 2006, depois de liberada, com a concordância das demais equipes, da exigência de um depósito de 48 milhões de dólares.
Embora tenha continuado a preparar seus carros enquanto aguardava a decisão da FIA, a Aguri iniciou 2006 sem ter a certeza de poder participar do grid de largada do primeiro GP da temporada, em Bahrein. A duras penas, conseguiu chegar lá, mas depois de quatro corridas foi obrigada a substituir o piloto Yuji Ide, que, diante de muitas reclamações de outros competidores, após o GP de San Marino, teve a licença cassada, por falta de experiência suficiente para participar de Grandes Prêmios. O substituto de Yuji, o francês Franck Montagny só correu o GP da França e foi logo substituído também pelo japonês Sakon Yammamoto, que terminou a temporada ao lado de Takuma Santo,
Aguri Suzuki reconheceu que os resultados das etapas iniciais não tinham sido satisfatórios, mas que os pilotos e a equipe trabalharam duro e deram o melhor de si. A.partir do meio da temporada, no GP da Alemanha, dizia, a equipe lançou um novo carro, o SAO6 e os resultados foram melhorando a cada. Grande Prêmio. Nos últimos três GPs (China, Brasil e Japão), “a equipe estava pronta para resultados fantásticos entre eles a melhor posição final da temporada”, com Takuma Sato ficando entre os dez primeiros em Interlagos. A. Aguri terminou o campeonato de 2006 na 11ª colocação entre os construtores, sem nenhum ponto.
Para a temporada de 2007, a Aguri, que contratou o piloto inglês Anthony Davidson, saiu-se melhor. Com um oitavo e um sexto lugares de Takuma Sato, na Espanha e no Canadá, fez 4 pontos e terminou em 9º lugar, à frente da Spyker e da McLaren, que foi punida com perda de pontos. Mas no final da temporada, a falta de dinheiro e a defasagem dos motores prejudicaram a atuação de Sato e Davidson, que estiveram sempre nas últimas posições. O único feito a comemorar, durante a temporada, foi a ultrapassagem de Takuma Sato sobre Fernando Alonso, na última curva do Grande Prêmio do Canadá.
Os problemas financeiros da Aguri se agravaram quando a SS United deixou de pagar seu patrocínio e as negociações com outros possíveis patrocinadores não tiveram êxito. Sem dinheiro, a equipe não pode fazer a pré-temporada na Espanha e só com muito sacrifício participou dos quatro primeiros GPs do campeonato.
No dia de maio de 2008, depois de 39 corridas e 4 pontos, numa reunião com a direção da Honda, Aguri Suzuki anunciou o encerramentos das atividades da escuderia a partir daquele dia.
Aguri Suzuki, o fundador e presidente da Super Aguri, depois de deixar as pistas, voltou ao Japão e fundou, em 1997, a ARTA (Autobacs Racing Team Aguri), para desenvolver programas de gerenciamento de equipes e preparação de pilotos. Em 2003, criou a Super Aguri Fernandez Racing, para disputar o campeonato da IRL IndyCar, e, em 2007, tornou-se co-proprietário da Super Panther Racing, também nos Estados Unidos.
O italiano Daniel Audetto, nascido em Turim, a 4 de maio de 1943, residente em Kiffington, na Inglaterra, era o gerente da Super Aguri. Começou no automobilismo em 1968, como piloto de rali, ao lado de Luca di Montezemolo e, depois de passar por varias empresas ligadas a motores e velocidade, assumiu o cargo na Aguri em 2006.
O diretor técnico da Aguri era Mark Preston, nascido em Geelong, na Austrália, a 7 de novembro de 1968, mas que tem também nacionalidade inglesa. Engenheiro projetista, começou no automobilismo em 1995, como sócio da equipe Spectrum da Fórmula Ford; trabalhou na Arrows e na McLaren; entre 2004 e 2005 foi diretor da Prestos Racing e, em 2006, entrou na Aguri como chefe da equipe técnica.
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