História
A Ferrari é a equipe mais antiga, a mais famosa e a de maior número de vitórias na F-1. Seu símbolo, um cavalo empinado, o chamado “cavalinho rompante”, era usado por um piloto de caça da Primeira Guerra Mundial, chamado Francesco Baracca, de Ravena, na Itália. Em 1923, houve uma corrida naquela cidade e o vencedor, o jovem Enzo Ferrari ganhou da família Baracca um escudo com o símbolo e prometeu que o usaria sempre.
Depois de encerrar a carreira como piloto, Enzo Ferrari se descobriu um administrador apaixonado pelas corridas. Não era engenheiro nem piloto ou mecânico, mas montou uma bela organização, trabalhando com a Alfa Romeo, nos anos trinta. Fundou a equipe Ferrari, em 1939, ainda correndo com carros Alfa Romeo e, não raro, vencendo os carros da fábrica.
Quando o campeonato mundial de F-1 foi criado em 1950, a Ferrari estava entre as equipes de ponta. Mas só em 1951 conseguiu vencer uma corrida do mundial. O argentino Froilan Gonzales ganhou o GP da Inglaterra, inaugurando a presença da Ferrari entre os vencedores. Naquela temporada de 1951, a Ferrari brigou pelo título até as últimas provas, com seu modelo 375, competindo contra os 159, da Alfa. O carro foi criação do antigo gênio da Alfa, Vittorio Jano. O projetista que fazia os melhores carros no período entre guerras foi contratado por Enzo, que deu mais liberdade ao seu talento.
Em 1952 e 1953, a Ferrari dominou totalmente o mundial, que teve regulamento da F-2 para motores de dois litros. Foram dois títulos do Mundial de Pilotos, com Alberto Ascari (o título de construtores ainda não havia sido criado), pilotando as Ferrari 500.
Em 1954, o regulamento voltou para as especificações da F-1 e a Ferrari perdeu sua hegemonia. Apesar de ter vencido oito GPs entre 1954 e 1956, viveu uma de suas famosas crises. Em 1957, o fundo do poço: a Ferrari não vence nenhuma prova do mundial e parte para uma mudança radical em 1958. Projeta seu Tipo 146, com o motor V6, e acaba faturando o título da temporada com o piloto inglês Mike Hawthorn, que venceu o duelo com seu compatriota Stirling Moss, por apenas um ponto. Foi um ano de sorte, que antecedeu mais dois anos de muito trabalho e pouco resultado. Em 1959 e 1960 os carros com motores traseiros já dominavam o cenário e a Ferrari demorou para se adaptar.
Quando entrou na pista com seu carro de motor traseiro, em 1961, a Ferrari estava totalmente preparada para as novas regras dos motores de 1.5 litros. O carro, um 156 com nariz de tubarão, dominou o campeonato com seus dois pilotos, o norte americano Phill Hill e o alemão Wolfgang Von Trips. Von Trips só não foi o primeiro alemão campeão mundial de F-1 porque morreu na penúltima prova do ano em Monza, na Itália. Seu companheiro venceu o campeonato e deu o primeiro título de construtores para a Ferrari.
Mais uma crise chegou na Casa de Maranello em 1962, quando nenhuma vitória foi conquistada. 1963 foi um ano de transição, com a equipe construindo um motor mais potente e se adaptando às mudanças de chassis que a concorrência apresentava.
Em 1964 mais um título. Com o inglês John Surtees, a Ferrari levantou os títulos de construtores e de pilotos e consagrou seu pequeno motor V6, no carro chamado de 158, que iniciou a temporada, e depois para o novo 512. Em 1965, as mudanças chegaram à equipe com um novo motor, agora de oito cilindros. Os resultados, porém não vieram. Mas já nesse ano a Ferrari desenvolvia um novo carro e um novo motor, adaptando-se a mais uma mudança de regulamento, que ampliava de 1.5 para 3.0 o tamanho dos motores da F-1.
Em 1966, quando a regra começou a ser aplicada, porém, os carros da Ferrari eram lerdos frente à concorrência e perderam um terreno importante. A equipe passou assim por um novo período de muitas crises, pois acabou dividida entre o compromisso das pistas e o mercado de carros esportivos. Como produtor e vendedor de carros de motor 12 cilindros, Enzo Ferrari insistia na idéia de correr com esse tipo de motor, mesmo que os mais leves demonstrassem melhor rendimento. Uma teimosia baseada nas leis de mercado, que acabou por deixar a Ferrari na fila de títulos até 1975.
Já no início dos anos 1970, a Ferrari havia melhorado seus departamentos técnicos e projetava carros competitivos. O belga Jacky Ickx disputou belas corridas pela equipe até 1973, quando tudo foi mudado. A equipe ganhou novos pilotos, projetistas e um novo chefe, Luca di Montezemolo, que acabou por liderar a melhor fase da história da equipe.
Com um carro compacto, equipado com um motor já confiável, como era o de 12 cilindros opostos, a Ferrari brigou pelo título de 1974, até a última prova, com a McLaren e Emerson Fittipaldi. No ano seguinte, conseguiu juntar tudo e vencer com Niki Lauda.
O sucesso só não se repetiu em 1976 por causa de um terrível acidente com Lauda, no GP da Alemanha, no circuito de Nurburgring. Lauda ficou fora de duas provas e perdeu o título para o inglês James Hunt, da McLaren, na última prova em Fuji, no GP do Japão. Lauda venceu de novo em 1977, sempre contando com a eficiência da equipe e do chassi de seu 312, com uma versão nova à cada temporada.
Com a saída de Lauda, em 1978, a Ferrari não conseguiu manter o ritmo, mas voltou a vencer o campeonato com o sul africano Jody Schecketer, em 1979. Era o fim da era do 312. Seu motor boxer não permitia à Ferrari se adaptar aos novos tempos de carros com efeito solo, por causa de sua largura.
Sem vitórias em 1980, a Ferrari aposta firme na era turbo e cria carro e motor novos. O carro era o 126C, reconhecidamente um carro ruim. Mas nas mãos do jovem canadense Gilles Villeneuve, vence duas provas.
Apostando mais uma vez no talento de sua equipe, Enzo Ferrari administra a crise e leva para Maranello o inglês Harvey Postlethwaite para projetar novos carros e adaptar a fábrica italiana aos novos compostos que estão sendo usados pela concorrência para a construção de novos carros, mais rígidos e leves.
O resultado é um 126C2 tão competitivo que só não vence o mundial de pilotos por causa do acidente de Didier Pironi, em Hochenheim, na Alemanha, quando ele liderava o campeonato, e que o tira das pistas definitivamente, e da morte de Gilles Villeneuve nos treinos para o GP da Bélgica em Zolder. A equipe fica com o título de construtores, mas sai marcada pela tragédia.
A tentativa de reverter tudo em 1983 dá mais um título de construtores para Maranello, mas fica faltando o de pilotos. Com a dupla de franceses Patrick Tambay e Renè Arnoux , a Ferrari marca 89 pontos. Como não priorizou um piloto em relação ao outro, Arnoux e Tambay ficaram em terceiro e quarto lugares, respectivamente, com 49 e 40 pontos. O campeão da temporada, Nelson Piquet, fez 59 e Alain Prost, o segundo, fez 57. Foi um erro estratégico de Marco Piccinini, o então chefe da equipe.
Em 1985, apesar de ser competitiva com Michele Alboreto, a Ferrari não consegue se impor. Alboreto, vindo da Tyrrel, disputa o campeonato com Alain Prost. Foi bem no início da temporada, mas faltou desenvolvimento ao carro e tarimba ao piloto para oferecer resistência ao francês: Prost 73, Alboreto 53…
Depois de vários fracassos e novas crises, a equipe consegue lutar pelo título somente em 1990. Alain Prost vai até a penúltima prova em condições de vencer o campeonato, mas o título de se decide num controvertido acidente entre Prost e Senna na largada da prova, na pista de Suzuka, no Japão. Naquele ano, Prost arruma briga com todo mundo na Ferrari e consegue desestabilizar o chefe da equipe Cesare Fiorio.
O carro projetado por John Barnard tinha além do câmbio semiautomatico, introduzido no ano anterior, uma aerodinâmica bem peculiar. O diferencial para o piloto era mesmo o câmbio, que tinha as marchas acionadas por uma espécie de borboleta, atrás do volante. Isso permitia ao piloto permanecer o tempo todo com as mãos no volante, melhorando seu controle no traçado da pista. Em circuitos como Mônaco, por exemplo, isso passava a ser fundamental.
Desse ano até 1998, a Ferrari viveu altos e baixos, alternando euforia e frustração. Os resultados que toda a legião de torcedores que a equipe mantém no mundo todo, esperava não vinham. Com a morte do comendador Enzo Ferrari, em 1988, a fábrica passou para o controle da FIAT que colocou muitos dirigentes no seu comando. A instabilidade política era tudo que faltava no já tempestuoso ambiente latino da equipe.
No final dos anos 1990, a Ferrari modernizou suas operações e contratou o que havia de melhor no mercado, entre técnicos e pilotos. O próprio John Barnard, que saiu no final de 1990, voltou depois, em 1993. O japonês Osamu Goto, responsável pelos motores Honda, que venceram tantas provas na McLaren, foi melhorar os V12 e projetar um novo V10.
Para o difícil posto de comando da equipe foi contratado o francês Jean Todt, que já havia liderado a Peugeot na conquista do Mundial de marcas. Toda essa revolução foi obra de Luca de Montezemolo, que assumiu a presidência da Ferrari para acabar com a instabilidade política do time. Luca, que havia sido o chefe da equipe nos anos vencedores, entre 1973 e 1979, juntara ao seu currículo os títulos de futebol com a Juventus, de Turim, que ele comandou, depois da Ferrari, até a organização da Copa do Mundo da Itália em 1990.
Todo esse trabalho revitalizou a equipe, que conseguiu inclusive uma importante vitória em 1995, passando a McLaren na disputa pela equipe com maior número de vitórias.
Em 1996, a Ferrari contratou o alemão Michael Schumacher, que tinha sido campeão em 1994 e 1995 pela Benetton. No primeiro ano na nova equipe, o piloto alemão não passou do terceiro lugar no campeonato de pilotos. Nos dois seguintes, apesar de grandes performances, chegando até a ultrapassar o recorde de vitórias de Juan Manuel Fângio, também não conseguiu levar a Ferrari à vitória.
Em 1999 veio, afinal, a redenção: a Ferrari reconquista o campeonato dos construtores. E nos três anos seguintes a supremacia da Ferrari é completa. Em 2000, termina com vantagem de 18 pontos sobre a McLaren (170 a 152) e, depois de 21 anos, fica com os títulos do campeonato de pilotos. Em 2001, a vantagem cresce para 77 pontos (179 a 102), sobre a mesma McLaren. E a explosão acontece em 2002, quando a equipe italiana ganha 15 dos 17 GPs e totaliza 221 pontos, contra apenas 92 da Williams. Michael Schumacher tornou-se pentacampeão, com 144 pontos, com ajuda de Rubens Barrichello, que no Gp da Áustria, quando era o líder e virtual vencedor, por determinação da direção da equipe, teve de dar passagem ao companheiro. Barrichello foi vice-campeão, com 77.
A superioridade da Ferrari chegou a tal ponto que obrigou a FIA a mudar o regulamento das corridas, para tentar recuperar a competitividade entre as equipes e manter o interesse do público pela Fórmula 1. O expediente não adiantou. Depois de uma fase titubeante, a Ferrari assumiu a liderança das duas classificações do campeonato e acabou campeã entre os construtores, com 158 pontos, contra 144, da Williams, e 142, da McLaren, e teve o piloto hexacampeão, Michael Schumacher.
No ano seguinte, o domínio foi mais tranqüilo. Schumacher foi campeão pela sétima vez, com vitória em 13 das 18 provas, 12 delas nas primeiras 13 etapas, e Barrichello foi vice, com duas vitórias.
Mas, como não há bem que sempre dure, em 2005, a Ferrari teve de contentar-se com o terceiro lugar entre os construtores, atrás da Renault, em primeiro, e McLaren, em 2º. Schumacher foi superado por Fernando Alonso. Em 2006, com a substituição de Rubens Barrichello por outro brasileiro, Felipe Massa, e com os motores baixando de 10 para 8 cilindros, além de fracassar novamente na tentativa de recuperar a liderança, garantida pela Renault (206/201), a escuderia italiana perdeu Michael Schumacher, que depois de ser o vice-campeão, com 121 pontos, decidiu abandonar as pistas. O campeão foi Fernando Alonso, com 134 pontos, e Felipe Massa, que venceu na Turquia e no Brasil, ficou em 3°, com 80.
Em 2007, também sem o diretor técnico Ross Brawn e depois de uma longa disputa jurídica com a McLaren, acusada de roubar segredos dela, a Ferrari voltou ao primeiro posto, com vitórias surpreendentes de Kimi Raikkonen, substituto de Schumacher, e erros inesperados e inexplicáveis do favorito Lewis Hamilton. Graças à punição da McLaren com a perda de todos os pontos do campeonato _ por ter sido considerada culpada no caso da espionagem _ Raikkonen e a Ferrari garantiram a conquista do título na antepenúltima prova do ano, na Bélgica. No final, Raikkonen, que venceu 5 corridas e obteve 2 segundos e 4 terceiros lugares, totalizou110 pontos, e a Ferrari, 204. Felipe Massa, que venceu 3 GPs e obteve 4 segundos lugares durante o ano, foi o 4° colocado, com 94 pontos.
No dia 12 de novembro de 2007, o presidente Luca di Montezemolo anunciou várias mudanças na estrutura da equipe. Jean Todt passou a CEO da empresa; Stefano Domenicali assumiu a direção geral da equipe; Aldo Costa, a direção técnica e Mário Almondo, a direção de operações.
Com o novo carro, o F2008, a Ferrari começou mal o ano, marcando só um ponto, com o 8° lugar de Raikkonen, no GP da Austrália. Depois disso, Felipe Massa, que teve de abandonar as duas primeiras corridas,, ganhou o GP do Bahrein e começou uma disputa acirrada pelo título como inglês Lewis Hamilton. E o campeonato só foi decidido na última curva do autódromo de Interlagos. Massa chegou em primeiro e já comemorava o seu primeiro título de campeão, quando foi surpreendido pela reação de Hamilton, que passou por Timo Glock e garantiu o 5° lugar que precisava, ficando à frente na classificação por apenas 1 ponto: 98 a 97. Felipe só não foi campeão por um erro da equipe da Ferrari que, usando um sistema luminoso, em vez do tradicional pirulito, o liberou antes da hora, na segunda parada, e ele saiu arrastando a mangueira de reabastecimento. Teve de parar na pit lane e esperar a retirada da mangueira, perdendo preciosos segundos e chegando em segundo lugar. Apesar de tudo, a Ferrari recuperou o título dos construtores, superando a McLaren por 172 a 151, com 96 pontos de Massa e 76 de Raikkonen.
Para comemorar a sua 60ª participação na Fórmula 1, a Ferrari apresentou em 2009 o F60, um carro que tinha como principal novidade o KERS (Sistema de Recuperação de Energia Cinética). Mas, já a partir das primeiras corridas do campeonato, a escudria italiana não tinha nada a comemorar. Por inconsistência do carro; erros de estratégia e atuação durante as corridas e a perda de Felipe Massa, vítima de acidente nos treinos para o GP da Hungria (foi atingido por uma peça saída do carro de Barrichello e teve de abandonar o campeonato), a Ferrari amargou um humilhante (para uma equipe do seu porte) 4° lugar na classificação final, com meros 70 pontos, contra 172 da campeã, a Brawn GP.
Desde o GP da Austrália o F60 mostrou-se inferior aos das demais principais adversárias da Ferrari e a equipe só conseguiu seu primeiro ponto na 4ª prova, no Bahrein, com um 6° lugar de Raikkonen. Além disso, a equipe transmitiu orientação errada aos pilotos, numa delas quase provocando pane seca no carro de Massa, ou fez lambança nos pit stops. Durante toda a temporada, a Ferrari só conseguiu vencer na Bélgica, com Raikkonen, cujos melhores resultados foram 1 segundo e 3 terceiros lugares, num total de 48 pontos, contra 95 do campeão o inglês Jenson Button. Nas 9 provas que completou, Felipe Massa totalizou 22 pontos, sendo seu melhor resultado o 3° lugar, na Alemanha.
Numa nova tentativa de recuperar o prestígio que se perdia, a Ferrari contratou para o campeonato de 2010, com apoio do novo patrocinador, o Banco Santander, Fernando Alonso, campeão de 2005 e 2006, pela Renault. O espanhol substituiu Mika Raikkonen que, segundo as informações da época, não concordou com a redução de seus salários, enquanto Felipe Massa concordou em que passasse a ganhar 6 milhões, em vez dos 9 milhões de dólares por ano. Por um contrato de 3 anos, Alonso recebe 35 milhões de dólares por temporada.
Nesse ano, a Ferrari também resgatou a tradição de designar seu carro com o inicial do nome da equipe e o ano de sua estreia e o 56° modelo fabricado pela escuderia foi chamado de F10. O carro, projetado num túnel de vento que custou 5 milhões de euros, tinha o chassi em fibra de carbono com estrutura em forma de colmeia; câmbio longitudinal, semi-automático, sequencial, controlado eletronicamente e de rápida mudança, com diferencial limitado; sete marcha em frente, mais a ré; discos de freio ventilados, de fibra de carbono; suspensão independente; push-rod ativado e barras de torção nas quatro rodas, com 620 kg. O motor, modelo 056, tinha 8 cilindros, em bloco de alumínio, em V no ângulo de 90°; 32 válvulas; distribuição pneumática; potência de 2.398 cm3 e menos de 95 kg.
O início do campeonato foi animador, com uma dobradinha de Fernando Alonso, em 1°, e Felipe Massa, em 2°, no GP do Bahrein. Depois disso, Alonso só veio a obter uma boa colocação, o 2º lugar, na 5º corrida do calendário, na Espanha. E abriu uma disputa acirrada com o líder Sebastian Vettel no GP da Alemanha, faltando 9 provas para o encerramento do campeonato. O espanhol chegou à última corrida, o GP de Abu Dhabi, como líder do campeonato, com 26 pontos, contra 238 de Lewis Hamilton e 231, de Vettel, beneficiado pelo jogo de equipe no GP da Áustria, onde Felipe Massa, por determinação da direção da Ferrari, abriu para Alonso passar, repetindo o episódio Schumacher-Barrichello, de 2002. Mas Alonso não conseguiu manter a vantagem e conquistar um título que parecia certo. No circuito de Yas Marina, foi 3° no grid; logo na primeira curva foi superado por Jenson Button e às duras penas conseguiu terminar na 7ª posição. Totalizou 252 pontos e ficou 3 atrás de Sebastian Vettel, o campeão com 256. Felipe Massa foi o 6° colocado, com 144 pontos, e a Ferrari ficou em 3°, entre as equipes, com 396 pontos, contra 498, da Red Bull, e 454, da McLaren.
Em 2011, a Ferrari manteve a dupla Fernando Alonso-Felipe Massa e lançou o Ferrari 150º Itália, o 57º carro da escuderia para a Fórmula 1. O nome, homenagem ao sesquicentenário da unificação italiana, era inicialmente apenas Ferrari 150, mas foi mudado, com o acréscimo de Itália, por causa de uma reclamação da Ford, que já tinha um modelo de picape com o mesmo número.
O modelo tem algumas diferenças em relação ao do ano anterior e as primeiras visíveis eram a nova logomarca e a bandeira italiana estilizada no aerofólio traseiro. Na parte dianteira, devido à troca do difusor, o cockpit e o nariz eram mais altos, elevando, portanto, a posição do piloto e dando mais downforce ao carro. As entradas de ar laterais eram menores e as asas são flexíveis e já não tinham o formato de bigorna. A suspensão dianteira foi modificada para ligar as rodas ao chassi.
Os componentes internos foram redistribuídos, a fim de abrir espaço para o Kers. Os sistemas de refrigeração e lubrificação foram modificados e as baterias colocadas sob o tanque de combustível. O material da tampa do motor foi trocado por outro mais convencional. O escapamento, antes na parte de cima do carro, foi escondido. A suspensão traseira foi redesenhada e o ponto de fixação no chassi foi colocado mais à frente. Conforme as novas regras, a asa traseira teve mudança aerodinâmica, tornando-se móvel, para facilitar as ultrapassagens em situações estabelecidas pelo regulamento. Apesar de todas as inovações, o novo carro não teve o desempenho esperado, principalmente na área da aerodinâmica. E, em maio, depois das primeiras cinco corridas, 110 pontos atrás da Red Bull, a Ferrari decidiu modificar inteiramente a sua equipe técnica. O diretor técnico Aldo Costa, “chutado para cima”, foi substituído pelo trio formado por Pati Fry, responsável pelo chassi; Corrado Lanzone, diretor de produção, e Luca Marmorini, que passou a cuidar do motor, todos sob a o comando do diretor esportivo Stefano Dominacali.
Desde as primeiras corridas, o F150ºItalia se revelou entre 1 e 2 segundos mais lento do que o RB7, da Red Bull. Na Austrália, por exemplo, Sebastian Vettel fez a pole, com 1m23s529, enquanto Fernando Alonso foi o 5º, com 1m24s974, e Felipe Massa, o 8º, com 1m25s599. Na Malásia, Vettel foi de novo o pole position, com 1m34s870, ao passo que Alonso ficou em 5º, com 1m35s8092, e Massa, em 7º, com 1m36s251. Na China, o alemão foi de novo o primeiro no grid, com 1m33s706; Alonso saiu em 5º, 1m25s119, e Massa, em 6º, com 1m35s145. Nessas três primeiras provas, Alonso e Massa se revezaram entre os 5º e 7º lugares, e só na quarta, na Turquia, a Ferrari chegou ao pódio, com o piloto espanhol, que saiu da 5ª posição do grid para chegar em 3º lugar.
Na Espanha, Alonso foi o 5º colocado; em Mônaco foi o 2º e no Canadá rodou e teve de abandonar a pista, depois de um choque com Jenson Button. Felipe Massa não completou as corridas da Espanha, com problemas no câmbio, e Mônaco, devido a choque com Lewis Hamilton, e foi apenas o 7º colocado no Canadá.
A partir do GP da Europa, em Valência, com o 2º lugar de Alonso, a Ferrari esboçou uma reação, que se deveu mais à capacidade do piloto espanhol do que à competitividade do carro. Enquanto Massa esteve mais frequentemente na área intermediária de pontuação (5º em Valência, Inglaterra, Alemanha, Abu Dhabi e Brasil; 6º, no Canadá, Hungria, Itália e Coréia; 7º no Japão; 8º, na Bélgica, e 9º, em Singapura), Fernando Alonso sempre brigou pelas primeiras colocações: foi 2º na Alemanha, Japão e Abu Dhabi; 3º na Hungria, Itália e India; 4º na Bélgica e Brasil, e 5º na Coreia.
Com os resultados desse período de recuperação, Fernando Alonso manteve-se na luta pelo vice-campeonato (o título de campeão já tinha sido assegurado por Sebastian Vettel) até a última corrida, o GP do Brasil. Ele chegou a Interlagos com 245 pontos, contra 255 de Jenson Button e 233 de Mark Webber, e garantiria a posição, com a vitória ou combinação de resultados com os concorrentes. Mas obteve apenas o 4º lugar e o vice-campeonato ficou com Webber, que venceu a prova.
Com os 257 pontos de Fernando Alonso, 4º colocado entre os pilotos, e os 118 de Massa, 6º classificado, a Ferrari totalizou 375 pontos, ficando em terceiro lugar entre as construtoras, atrás da Red Bull, com 650, e da McLaren, com 497.
Apesar da derrota, o diretor geral Dominicali admitiu que a única falha do carro da Ferrari foram os difusores de escapamento:
“(,,,) nas pistas em que o efeito do escapamento é menor, eu diria que o carro é competitivo. Em alguma situações, muito competitivo”. Não fosse a falta e competitividade do carro e o mau desempenho de Felipe Massa na primeira metade do campeonato (também por causa das deficiências do F2012), a Ferrari teria conseguido mais do que o vice-campeonato em 2012. Fernando Alonso começou bem e, com boas colocações assumiu a liderança em Mônaco e depois, com duas vitórias, manteve a posição até o GP da Coreia. A partir daí, sustentou uma disputa acirrada com o líder, Sebastian Vettel e chegou ao Brasil com possibilidades, ainda que remotas, de conquistar o título. Para isso, precisaria vencer e o adversário chegar depois do 6º lugar. Foi 2º e Vettel foi o 6º, garantindo o título. Felipe Massa reagiu a partir do GP da Bélgica, marcando pontos importantes, mas não suficientes para dar o campeonato à equipe. De todo modo, para a Ferrari, que em alguns momentos chegou a estar na 4ª colocação, o vice-campeonato foi um bom resultado. Principalmente levando-se em conta o rendimento do F2012, desde o princípio considerado (até pelos seus pilotos) o mais feio dos 58 carros produzidos pela Ferrari desde o seu início na Fórmula 1. Essa impressão era causada, principalmente, pelo bico do carro, com um degrau acentuado no seu final, que, pela semelhança, foi chamado de nariz de ornitorrinco, animal australiano. O artifício foi usado para cumprir exigência da FIA de que, na parte mais distante do piloto, o bico não pode estar a mais de 55 centímetros do solo. O próprio chefe dos desenhistas da Ferrari admitia que a aparência não era esteticamente agradável, mas foi a solução aerodinâmica mais eficiente essa área do carro. Outra inovação da Ferrari foi a troca na suspensão dianteira do sistema push-rod pelo pull-rod, que não era usado na Fórmula 1 desde 2001, quando equipava o PS01, da Minardi. Dizem os especialistas que, com esse novo elemento, a equipe pretendeu ganhar mais espaço para maximizar o fluxo de ar na parte traseira e ganhar pressão aerodinâmica. A carenagem do F2012 era mais longa; o assoalho é mais curto e as paredes laterais (sidepods) mais estreitas, com novo contorno e leve inclinação. A parte inferior da traseira é mais estreita, devido o deslocamento da caixa de câmbio para outra área. As entradas de ar são quatro, duas na parte superior _ uma maior na frente e outra menor mais atrás _ e duas nas laterais, pouco acima das do modelo anterior. O escapamento, localizado sob a carenagem, posicionado em direção ao difusor, estava mais visível externamente.
A Ferrari prometia intenso programa de desenvolvimento durante a primeira parte do campeonato, principalmente com relação a aerodinâmica da parte da frente do carro, mas, se isso foi feito, não deu os resultados esperados.
Alonso começou mal o campeonato, logrando apenas o 5º lugar na Austrália, mas já na segunda corrida surpreendeu, vencendo o GP da Malásia. Parecia o início de um bom ano, porém nas duas provas seguintes, espanhol, vítima das deficiências do carro, não foi além do 9º na China, e 7º, no Bahrein. O 2º lugar na Espanha e o 3º em Mônaco levaram Alonso à liderança do campeonato, perdida logo em seguida para Lewis Hamilton, com o 5º lugar no Canadá. Com a vitória em Valência, no GP da Europa, ele voltou a liderar o campeonato, mas a má performance de Massa, apenas o 16º nessa prova, jogou a Ferrari para a 4ª colocação entre as equipes. Até essa altura, Felipe Massa pouco tinha contribuído para a equipe, chegando apenas três vezes na zona de pontuação: abandonou na Austrália; foi 15º, na Malásia; 12º, na China; 9º, no Bahrein; 15º, na Espanha; 6º, em Mônaco, e 10º, no Canadá.
As coisas começaram a mudar para Felipe (e por conseqüência, para a Ferrari) a partir do GP da Inglaterra, onde Fernando Alonso foi o 2º colocado e ele o 4º, ambos levando a Ferrari para o 2º lugar entre os construtores. Na Alemanha, Felipe ainda voltou a se dar mal, caindo para o 12º lugar, mas o 1º lugar de Alonso manteve a Ferrari na 2ª posição. Na Hungria, Alonso foi 5º colocado e Massa o 9º e a Ferrari caiu para a 4ª colocação, mantida no GP da Bélgica, onde o espanhol abandonou e o brasileiro foi o 5º colocado.
Depois disso, Felipe Massa esteve sempre na zona de pontuação: 4º, na Itália; 8º, em Cingapura; 2º, no Japão; 4º, na Coreia; 6º, na India; 7º, em Abu Dhabi; 4º, nos Estados Unidos e 3º, no Brasil. Afora o GP do Japão, que foi obrigado a abandonar de novo. Fernando Alonso também esteve sempre nas primeiras colocações: 3º, na Itália; 3º, em Cingapura; 3º, na Coreia; 2º, na India; 2º, em Abu Dhabi, e 3º, nos Estados Unidos.
A Ferrari chegou ao Brasil sem chance de conquistar o título, já garantido pela Red Bull, mas Fernando Alonso, 13 pontos atrás de Sebastian Vettel, ainda alimentava a esperança de ser campeão. Para isso, precisaria ganhar a corrida e torcer para que o alemão chegasse, no máximo, em 7º. Mas o sonho se desfez quando Vettel, o 4º no grid, contornou problemas, fez uma corrida de recuperação e chegou em 6º. Mas mesmo que não conseguisse, seria campeão, pois Alonso só chegou em 2º lugar, mesmo assim porque não foi apertado por Felipe Massa, o 3º colocado.
No final, a Ferrari foi a vice-campeã dos construtores, com 400 pontos, contra 460 da Red Bull; Alonso foi vice-campeão entre os pilotos, com 278 pontos contra 281, de Vettel, e Felipe Massa foi o 7º colocado, com 122 pontos.
“Definitivamente, um ano para esquecer”, assim Luca di Montezemolo definiu a temporada de 2013. E apontou três razões para o fracasso da equipe: incompetência para o desenvolvimento do carro na segunda metade do campeonato; a troca dos pneus por outros que não eram aqueles para os quais o carro tinha sido fabricado; a “estranha interpretação das regras que favoreceu uma equipe”. Achou injusta a punição a Felipe Massa, em Interlagos, por irregularidade que também tinha sido cometida por Lewis Hamilton. Se o brasileiro tivesse terminado o 4º lugar, posição que ocupava quando foi punido, a Ferrari teria sido a vice-campeã, disse o presidente da Ferrari.
Stefano Dominicali, chefe de equipe da Ferrari, admitiu que o sinal de alerta soou na metade do ano e embora ainda houvesse chances matemáticas, até o GP da India, ele sabia o que estava “escrito nas paredes”, desde semanas antes, a vitória de Sebastian Vettel. O chefe da equipe diz que em dois momentos percebeu a situação se tornar bem complicada: o primeiro foi em julho, quando viu que a Ferrari não tinha conseguido o upgrade esperado; o outro foi na segunda metade da temporada, quando a equipe não obteve ganho com a troca de pneus, como as concorrentes.
Fernando Alonso disse que a Ferrari teve um “campeonato estranho”, e parecia competitiva, com duas vitórias nas primeiras cinco corridas, porém a Red Bull disparou e não foi possível acompanhá-la. .
De fato, a Ferrari teve um início promissor. Nos testes de inverno, o F138 (ver Carros 2013) se mostrou competitivo e na primeira corrida, o GP da Austrália, mostrou melhor desempenho que os rivais, com Alonso chegando em 2º e Massa, em 4º. Na Malásia, Massa largou em 2º, com pneus intermediários, começou mal e devido ao desgaste dos pneus, caiu para 8º, mas conseguiu chegar em 5º. Alonso, coma asa direita quebrada, abandonou logo na primeira volta. Na China, Alonso adotou uma boa estratégia para poupar pneus e conquistou a vitória que fazia prever um bom futuro para Ferrari. Massa, vítima de dois pit stops lentos, chegou em 8º. No Bahrein, a expectativa não se confirmou. Alonso teve problemas com a asa móvel e chegou em 8º, enquanto Massa, depois de dois pneus furados, acabou em 15º. As esperanças renasceram na Espanha, com a vitória de Alonso e o 3º lugar da Massa, mas logo começaram a se esfumar. A Ferrari conseguiu manter a vice-liderança até o GP da Inglaterra, porém a partir daí foi superada pela Mercedes e não teve condições de recuperar a posição. Os problemas se acentuaram na segunda metade da temporada, quando a equipe, ao contrário das adversárias, não se adaptou e não teve nenhum ganho com os novos tipos de pneus. Alonso lutou, tirou tudo o que podia do carro e até conseguiu bons resultados: foi 7º em Mônaco; 2º no Canadá; 3º na Inglaterra; 4º na Alemanha; 5º na Hungria; 2º na Bélgica; 2º na Itália e Cingapura; 6º na Coreia; 4º no Japão; não completou a corrida na India; foi 5º em Abu Dhabi e Estados Unidos, e 3º no Brasil. Somou 242 pontos e garantiu a vice-liderança. Felipe Massa não deu igual contribuição à equipe. Depois da Espanha, abandonou em Mônaco, depois de não participar da Q3, porque a equipe não conseguiu recuperar o carro a tempo, depois de uma batida na Q2; foi 8º no Canadá; 6º na Inglaterra; não completou na Alemanha; foi 7º na Hungria; 4º, Bélgica; 6º na Itália; 9º na Coreia; 10º no Japão; 4º na India; 8º em Abu Dhabi e 12º nos Estados Unidos. No GP do Brasil, Massa poderia ter salvado a honra da Ferrari e recuperado a vice-liderança. Fez uma boa largada, passou de 9º para 6º e quando corria em 4º cometeu um erro, passando sobre as linhas de entrada dos boxes. Foi punido com drive-through, caiu para o 7º lugar, perdendo pontos preciosos, que poderiam desfazer a diferença e alçar a Ferrari, novamente, ao segundo lugar entre as construtoras. A escuderia italiana terminou em terceiro, 6 pontos atrás da Mercedes (360 a 354).
Felipe Massa, que foi o 8º no campeonato, com 112 pontos, correu as últimas três corridas já demitido pela Ferrari, que ainda em setembro anunciou a contratação de Kimi Raikkonen para o seu lugar. A equipe contratou também James Allison, que estava na Lotus, para diretor de engenharia, e prometeu a reabertura do seu túnel de vento, para o campeonato de 2014.
E a Ferrari, a mais antiga equipe da Fórmula 1, da qual participa desde a primeira corrida, em 1950, teve, em 2014, a sua mais conturbada temporada na principal categoria do automobilismo mundial. Além do fracasso na pista, amargando o 4º lugar na classificação das construtoras, foi abalada por uma crise administrativa, que atingiu todos os seus setores da escuderia e culminou com a troca dos seus principais dirigentes, engenheiros e técnicos.
A equipe italiana começou o campeonato com dois campeões mundiais, Fernando Alonso e Kimi Raikkonen, e, ao contrário de anos anteriores, não designou um “primeiro piloto”, permitindo que os dois disputassem posição, conforme desempenho na pista. Era a segunda vez que a Scuderia abrigava dois campeões. A primeira foi em 1953, quando, com Giuseppe Farina e Alberto Ascari, conquistando o título das construtoras e o de pilotos, com a Ascari.
Já o início do campeonato não foi bom para a equipe vermelha, saindo no 4º lugar, atrás da Mercedes, Red Bull e Williams. E antes da segunda corrida, na China, no dia 20 de abril, a crise interna deu seus primeiros sinais, com a substituição de Stefano Dominicali por Marco Mattiacci, ex-presidente da fábrica Ferrari, nos Estados Unidos, e a demissão de Luca Marmorini, diretor da área de motores.
A campanha da Ferrari continuou ruim durante toda a temporada e os melhores resultados foram dois pódios de Fernando Alonso, na China e Hungria, com um terceiro e um segundo lugares, respectivamente. A equipe terminou em 4º lugar com 216 pontos, quatro pontos atrás da terceira colocada, a Williams, que totalizou 220 pontos. Pela primeira vez, desde 1993, a Ferrari não conseguiu vencer nenhum Grande Prêmio.
A má temporada agitou o clima interno da Ferrari e provocou a demissão, no dia 10 de setembro, a demissão de Luca di Montezemolo, que exercia a presidência da equipe havia 23 anos. Ele foi substituído por Sérgio Marchionne, CEO da FIAT Chrysler. detentor de 90% das ações da equipe.
A saída de Montezemolo foi anunciada um dia depois de críticas feitas por Marchionne de que na empresa “ninguém é indispensável” e era inaceitável que a Ferrari não ganhasse um título desde 2008 (como Kimi Raikkonen e Felipe Massa).
Depois de Montezemolo e Mattiacci, no dia 17 de dezembro, deixaram também a Ferrari o projetista-chefe Nicholas Tombasis e o coordenador técnico Pat Fry. O desenhista-chefe passou a ser Simone Resta e o diretor de motores Mattia Binotto, assistido por Lorenzo Sassi, todos dirigidos por James Allison, o único remanescente da antiga equipe, que também substituiu, interinamente, Pat Frey. O terceiro piloto Pedro de La Rosa viu sua posição ocupada por Esteban Gutierrez e até o assessor de imprensa, Renato Bisignni, foi substituído pelo jornalista Alberto Antonini.
A tensão entre Fernando Alonso e a equipe, que perpassou toda a temporada, também teve desfecho em novembro, quando o piloto, frustrado por não ter tido um carro competitivo e cansado de lutar pela vice-liderança, solicitou o rompimento do seu contrato. Em duas notas publicadas no dia 20, a Ferrari anunciou a saída dele e a contratação do alemão Sebastian Vettel, que assinou contrato de três anos, por 150 milhões de euros. No dia 11 de dezembro, a McLaren anunciou a volta do piloto espanhol que já a tinha defendido em 2007 e 2008.
No final do ano, Sergio Marchionne e sua equipe se ocuparam em recuperar o atraso na construção da nova unidade de potência, e, para isso, segundo La Gazzetta dello Sport, pediu a ajuda da empresa austríaca AVL, especializada em desenvolvimento de motores, ao descobrir, em outubro, que o projeto para 2015 era igual do propulsor que não ganhou nenhuma corrida em 2014.
A Ferrari que começou o campeonato de 2015 parecia uma outra equipe, muito diferente da que decepcionou na temporada anterior. Com um ótimo carro, muito equilibrado, o SF15-T, projetado por Simon Resta e James Allison, uma unidade de potência muito melhor do que a de 2014 e ainda com dois campeões mundiais, agora Sebastian Vettel formando a dupla com Kimi Raikkonen, a equipe de Maranello surpreendeu desde as primeiras atividades do ano. E completou a sua melhor temporada, desde 2008, quando ganhou o título das construtoras, Felipe Massa foi o vice-campeão e Raikkonen, terceiro colocado entre os pilotos.
A equipe começou dominando os treinos da pré-temporada, em Jerez de La Frontera, com Sebastian Vettel sendo o mais rápido nos dois primeiros dias e Kimi Raikkonen liderou a última etapa dos testes. E o motor Ferrari ainda dominou a terceira sessão de treinos, com Felipe Nasr, da Sauber, que usa os motores da construtora italiana.
Sergio Marchionne, presidente da Ferrari, admitiu que a equipe começou tarde o design e desenvolvimento do seu carro para a temporada de 2015, mas a liberação da atualização do motor daria chance de recuperar, durante a temporada, o terreno perdido.
“Estamos começando a temporada um pouco tarde, porque o design do novo caro começou tarde. Mas como não temos de congelar o motor, acho que o carro vai ficar melhor à medida que a gente avançar ao longo do ano”, declarou Marchionne no Detroit Motor Show.
A primeira demonstração da virada da Ferrari foi dada logo na segunda corrida do campeonato, no dia 29 de março, quando Sebastian Vettel, que não vencia desde o GP do Brasil, em 24 de novembro de 2013, e a Ferrari, cuja última vitória tinha sido no GP da Espanha, em 12 de maio de 2013, foram os vencedores do GP da Malásia, no circuito de Sepang, em Kuala Lumpur. Em 26 de julho, na Hungria, Vettel conquistou a segunda vitória e em Cingapura, no dia 20 de setembro, obteve a sua primeira pole position pela Ferrari, posto que a equipe não ocupava desde o GP da Alemanha de 2012. O primeiro lugar no grid quebrou o domínio da Mercedes, líder na classificação desde o início da era turbo. Na mesma prova, Raikkonen foi o terceiro colocado, no primeiro pódio duplo da escuderia italiana.
A Ferrari terminou a temporada em segundo lugar, com 428 pontos, quase o dobro dos obtidos no campeonato anterior, ganhou o prêmio de pít stop mais rápido no maior número de corridas e se credenciou como a única equipe capaz de vencer a dominante Mercedes.
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A Ferrari disputou o campeonato de 2016 com o SF16-H, dirigido, ainda por Kimi Raikkonen e por Sebastian Vettel que, como de costume deu ao seu carro o nome de Margherita, em homenagem a Margherita de Savoy, rainha-consorte da Itália entre 1878 e 1900. Com o código interno de 667, esse foi o 62º carro fabricado pela Ferrari, desde que começou a participar da Fórmula 1. A diferença em relação ao modelo do ano anterior era a presença de grandes seções de branco, sobre a o capô, parte da asa e da frente, lembrando os tipos dos anos de 1970, especialmente o 312-T com o qual Niki Lauda foi campeão em 1975. Desenhado por James Allison, Rory Byrne e Simone Resta, ao contrário do antecessor, o SF16-H mostrava um focinho muito mais curto e superior para maior fluxo de ar para a parte traseira (e, especialmente, a área do difusor).
Na primeira corrida em Melbourne, a Ferrari se mostrou capaz de enfrentar a Mercedes. Após uma boa largada, Sebastian Vettel e Kimi Räikkönen assumiram as duas primeiras posições. No entanto, devido a uma bandeira vermelha, o piloto alemão cai para o terceiro lugar, ultrapassado por Nico Rosberg e Lewis Hamilton, enquanto Raikkonen era forçado a abandonar, na 22ª volta, devido a um principio de incêndio no turbo. No GP do Bahrein, a Ferrari confirmou a falta de confiabilidade do carro. Vettel foi forçado a abandonar durante a volta de formação, devido a um problema no motor. Raikkonen, apesar de um início sem brilho, torna-se o protagonista de várias ultrapassagens que lhe permitiram terminar a corrida em segundo lugar. Na China, no início, as duas Ferraris se chocaram, com Vettel tocando o carro de seu companheiro de equipe, causando danos à sua asa dianteira e na do finlandês. Contudo, ambos os pilotos são capazes de voltar à corrida, o alemão terminando em 2º e Raikkonen, em 5º.
No GP da Rússia, Vettel, embora 2º na classificação, perde 5 posições no grid por troca da caixa de câmbio, saí de 7º e é obrigado a abandonar, ao ser tocado duas vezes por Daniil Kvyat. Räikkönen, que ganhou uma posição no grid e largou de 3º, manteve a posição até o final, atrás de Rosberg e Hamilton. Na Espanha, Na Espanha, após incidente que tirou da corrida os dois pilotos da Mercedes, os dois carros da Ferrari se colocaram entre a dupla da Red Bull, com Raikkonen, em 2º, atrás de Max Verstappen, e Sebastian Vettel em 3º, na frente de Daniel Ricciardo. Em Mônaco, Raikkonen foi punido por troca da caixa de marcha, largou da 11ª posição e na 11ª volta bateu na barreira do grampo e teve de abandonar, chegando ao box arrastando a asa sob o carro. Vettel conseguiu chegar ao mesmo 4º lugar, de onde tinha largado. No Canadá, Vettel foi segundo, após uma boa largada em que passou as duas Mercedes e só foi superado devido a um erro estratégico da equipe. Raikkonen foi o 6º colocado e à essa altura, a equipe italiana era a segunda colocada, com 147 pontos, contra 130 da Red Bull.
No GP da Europa, em Baku, no Azerbaijão, Vettel foi de novo segundo colocado, atrás de Nico Rosberg. Raikkonen, depois de ter estado em segundo e terceiro, foi ultrapassado no final por Sergio Perez, da Force India, sofreu punição de 5 segundos, por ultrapassar a linha a pit, e acabou em 4º. Na Áustria, Raikkonen foi o 3º, atrás de Lewis Hamilton e Max Verstappen, enquanto Vettel foi obrigado a abandonar. por causa do estouro do pneu traseiro direito, na volta 26.
Na Inglaterra, as coisas começaram a virar contra a Ferrar. Raikkonen foi o 5º colocado e Vettel ficou na 9ª colocação, os dois atrás de Verstappen (2º) e Ricciardo (4º). Com isso a vantagem para a Red Bull caiu para apenas 6 pontos (204 a 198). A segunda colocação ainda foi mantida na GP da Hungria, com o 4º lugar de Vettel e o 6º de Raikkonen, mas a diferença passou a ser apenas um ponto (224 a 223).
E a virada na classificação afinal se concretizou no GP da Alemanha, onde Ricciardo (2º) e Verstappen (3º) somaram 43 pontos, contra 18 de Vettel (5º) e Raikkonen (6º). A Red Bull passou a ter 256 contra 242 pontos da Ferrari e a Mercedes liderava folgadamente com 415 pontos.
No Grande Prêmio da Bélgica, após uma qualificação positiva, com Raikkonen e Vettel formando a segunda fila, atrás de Rosberg e Verstappen, os dois se tocaram na primeira curva, afetando o resultado final da corrida: Vettel foi 5º e Raikkonen, 9º.
Na Itália, Vettel chegou em 3º e Raikkonen, em 4º e os dois conseguiram baixar de 22 para 11 pontos a vantagem da Red Bull (290 a 179). Em Cingapura, o desastre parecia inevitável. Vettel sofreu perda de 5 posições por troca de marchas e 20 por usar novos elementos na unidade de potência, sendo obrigado a largar das 22ª e última posição. Todavia, o alemão fez uma consistente corrida de recuperação, chegando em 5º lugar e sendo eleito o “Piloto do Dia”. . E Raikkonen só não conseguiu o 3º lugar por erro de estratégia da equipe.
Na Malásia, Vettel teve que deixar a pista logo na largada, depois de um choque com Nico Rosberg e Raikkonen chegou em 4°.
No Japão, os dois SF16-H pareceram mais competitivos na classificação e saíram na frente da Red Bull: Raikkonen, 3º; Vettel, 4º; Verstappen, 5º e Ricciardo, 6º. Todavia, Raikkonen foi punido com a perda de 5 posições, por causa de troca de caixa de câmbio e Vettel perdeu 3 posições no grid, devido ao incidente com Rosberg na corrida anterior e largou em 6º. Ainda assim, ambos conseguiram fazer 22 pontos, baixando de 46 para 30 a vantagem da Red Bull (385 a 335).
No GP dos Estados Unidos, em Austin, Vettel segurou o 4º lugar da largada, mas Raikkonen teve de abandonar a prova, depois de sair do box com uma roda solta. No México, a Ferrari não foi bem na classificação, largando da terceira fila, e na corrida Vettel chegou no 4º lugar, e depois de muita confusão, beneficiado por uma punição ainda maior de Verstappen, o alemão subiu ao 3º ponto do pódio. Três horas depois da corrida, porém, Vettel foi punido com 10 segundo e 2 pontos na carteira, caiu para o 5º lugar e o 3º foi atribuído a Daniel Ricciardo.
No Brasil, na pista molhada, Raikkonen rodou e deixou a pista na volta 19 e Vettel terminou em 5º. Com esse resultado, a Red Bull assegurou a segunda colocação entre as equipes, pois a diferença de 71 pontos (446 a 375) não poderia ser superada na última corrida, em Abu Dhabi.
No circuito de Yas Marina, com o 3º lugar de Vettel e o 6º de Raikkonen, a equipe italiana fez 23 pontos e só conseguiu baixar a diferença para70 pontos, pois Verstappen foi 4º e Daniel Ricciardo, 5º, totalizando 22 pontos; a Red Bull terminou o campeonato com 468 pontos, a Ferrari, com 398 e a Mercedes, tricampeão, somou 756 pontos.
Depois do campeonato, Sergio Marchione não quis fazer previsões para 2017, mas admitiu:
“Temos de dar um carro vencedor a Seb, caso contrário é inútil discutir o futuro. Ele quer vencer conosco, sabemos disso. Mas ele precisa pilotar com confiança, mais calma e menos agitação. Pensar em vencer na pista, não se envolvendo em batalhas pessoais”.
(Com informações traduzidas de https://it.wikipedia.org/wiki/Ferrari_SF16-H e https://en.wikipedia.org/wiki/2016_Formula_One_season )
Depois de um ano difícil, sem vitórias e um decepcionante terceiro lugar entre as construtoras, em 2016, a Ferrari foi, em 2017, mais competitiva do que qualquer outra equipe na luta com a Mercedes, que dominava a era dos híbridos turbo 1.6L V6, iniciada em 2014. A Scuderia produziu um bom carro, o SF70H, que funcionou bem em todas as condições, tendo como pontos chaves o desempenho dos pneus e uma menor distância entre eixos. A desvantagem é que não era o melhor carro de qualificação ou de retas longas. Nos testes de inverno, as performances consistentes e fortes deram sinais promissores aos Tifosi. Nas primeiras seis corridas do calendário, Vettel venceu três vezes (Melbourne, Bahrein e Mônaco), mas perdeu a chance de uma vitória em Baku depois de colidir duas vezes com Hamilton na segunda entrada do safety car, e sofrer penalidade de stop&go. Em Mônaco, Vettel estava 25 pontos à frente de Hamilton e a Ferrari tinha 17 pontos sobre a Mercedes. Esse, porém, foi o último ponto alto da temporada do alemão. Ele ainda liderava a classificação nas férias de verão, mas depois disso, a Ferrari não conseguiu se igualar à Mercedes nem no ritmo nem na confiabilidade. Na volta de um mês de férias, Vettel e a Ferrari vacilaram e Hamilton venceu na Bélgica, em Monza, onde assumiu a liderança do campeonato, e em Cingapura. O drama da Ferrari começou em Cingapura, onde Vettel conquistou a pole position à frente do companheiro de equipe Räikkönen, dos dois Red Bulls e Hamilton, em quinto, sendo o favorito para vencer. Mas a Ferrari perdeu os dois pilotos já na primeira volta e Hamilton conquistou sua vitória mais surpreendente.
As unidades de potência da Ferrari apresentaram problemas de confiabilidade na Malásia e em Suzuka, que efetivamente destruíram as esperanças no campeonato de Vettel.
Hamilton e a Mercedes garantiram o seu 4º Campeonato de Pilotos e Construtores, respectivamente, com o britânico assegurando seu título no México, com duas corridas de antecipação, e a equipe numa corrida antes, em Austin, nos Estados Unidos.
Vettel foi o vice-campeão, com 5 vitórias, 4 poles, 2 abandonos e 317 pontos. Raikkonen foi o 4º colocado entre os pilotos, com 1 pole, 4 abandonos e 205 pontos. A Ferrari foi vice-campeã das equipes, com 5 vitórias, 5 poles, 5 abandonos e 522 pontos.
Em resumo, a temporada da Ferrari foi assim:
No Grande Prêmio da Austrália, a Ferrari confirmou a expectativa criada durante a pré-temporada e superou a Mercedes na primeira corrida do campeonato de 2017. Vettel qualificou-se em 2º, atrás de Lewis Hamilton e na frente de Valtteri Bottas. Räikkönen largou da 4ª posição. Com pneus novos, Vettel assumiu a liderança na volta 17 e continuou na frente de Hamilton e Bottas até o fim. Foi a primeira vitória da Ferrari, desde o GP de Cingapura de 2015. Räikkönen terminou em 4º.
Na China, Lewis Hamilton superou Sebastian Vettel e assumiu a pole position depois de uma volta impressionante nos segundos finais da classificação, com o tempo de 1m31s678, novo recorde para o Circuito Internacional de Xangai. Sebastian Vettel foi o segundo do grid, apenas dois décimos de segundo mais lento do que o britânico e só um milésimo de segundo mais rápido do que Valtteri Bottas, o terceiro colocado. Kimi Raikkonen largou da 4ª posição. O alemão teve que lutar para recuperar posições perdidas no box e se defender de Valtteri Bottas para garantir o segundo lugar. Kimi Raikkonen foi incapaz de impedir a ultrapassagem de Daniel Ricciardo, devido a um problema no torque do motor Ferrari, e encerrou a corrida na quinta colocação. A Mercedes superou a Ferrari, com um 1 ponto à frente no Campeonato de Construtores.
No Grande Prêmio do Bahrain, Vettel se classificou em 3º e Räikkönen em 5º, no grid, mas o alemão obteve a sua segunda vitoria na temporada e assumiu a liderança isolada. Foi a 44ª vitória do piloto alemão, que estava empatado com Lewis Hamilton em 43 pontos e passou a ter 78, com vantagem de 7 pontos. Kimi Raikkonen foi 4º colocado e a Ferrari passou à frente da Mercedes: 102 a 99.
Na Rússia, Vettel conquistou a pole position, mas foi superado por Valtteri Bottas na largada e, apesar de fazer forte pressão sobre o rival, principalmente nas últimas 10 voltas, não conseguiu evitar a vitória do rival. A Ferrari, que tinha liderado todos os treinos e a qualificação, teve de contentar-se com os outros dois lugares do pódio, com Vettel em segundo e Kimi Raikkonen em 3º. Com o resultado, Vettel ficou 13 pontos à frente de Hamilton, mas a Ferrari foi superada pela Mercedes (136 a 135).
Na Espanha, a Ferrari voltou a ser muito rápida, apesar das grandes melhorias nos carros da Mercedes. Sebastian Vettel, que tinha assumido a ponta na largada, chegou no 2º lugar, e manteve a liderança do campeonato, com 104 pontos contra 98 do inglês. Na largada, Valtteri Bottas tocou na roda traseira direita de Kimi Raikkonen, jogando-o contra Max Verstappen. Os dois tiveram danos na suspensão e nas rodas, sendo obrigados a deixar a pista ainda na volta inicial. Com a vitória de Hamilton, a Mercedes aumentou para 8 pontos a vantagem sobre a Ferrari (161 a 153).
Em Mônaco, a Ferrari esteve muito rápida novamente. Kimi Räikkönen conquistou a pole position com novo recorde da pista do principado, com 1m12s178, seguido do companheiro Sebastian Vettel, que ficou a 0s043. Foi a 17ª pole da carreira de Raikkonen, a segunda em Mônaco e a primeira desde o GP da França de 2008, ou sejam 179 corridas depois, o maior intervalo da história da F1. Sebastian Vettel ganhou a corrida e ampliou a vantagem sobre Lewis Hamilton, da Mercedes. Com a 3º vitória na temporada, o piloto alemão passou a ter 129 pontos contra 104 do rival, que largou da 13ª posição e foi o 7º colocado. Kimi Raikkonen completou a dobradinha da Ferrari. A prova foi decidida nos pit stops, com Vettel fazendo duas voltas muito velozes, na parada de Raikkonen, e voltando na ponta, depois de fazer também a sua troca de pneus, na volta 39. Após a corrida, surgiu a informação de que Ferrari tinha deliberadamente colocado Raikkonen numa estratégia mais lenta para que Vettel conseguisse aumentar a diferença para Hamilton. Essa foi a primeira vitória da Ferrari em Mônaco desde 2001 e a primeira dobradinha a Scuderia desde o Grande Prêmio da Alemanha de 2010. A equipe italiana passou à frente da Mercedes, com 196 contra 179 pontos.
No Canadá, a Ferrari teve um fim de semana ruim Sebastian Vettel, que ficou a apenas 0s336 de Hamilton, com 1m11s795, largou da 2ª posição do grid. Os finlandeses Valtteri Bottas e Kimi Raikkonen formaram a segunda fila, nessa ordem. Lewis Hamilton venceu de ponta a ponta, mas Vettel, que terminou no 4º lugar, manteve a liderança do campeonato com vantagem de 12 pontos: 141 a 129. Vettel foi prejudicado pela quebra da asa dianteira por Max Verstappen, que o ultrapassava por fora, ainda na largada. O alemão teve que fazer uma parada não programada, voltou na 18ª colocação, e teve de fazer uma boa corrida de recuperação parar reduzir o prejuízo. Raikkonen terminou em sétimo e a Mercedes retomou a liderança no Campeonato de Construtores por 222 a 214 pontos.
Kimi Raikkonen foi o terceiro e Sebastian Vettel. o 4º no grid do Grande Prêmio do Azerbaijão. Vettel e Hamilton chegaram em 4º e 5º lugares, respectivamente, depois de serem protagonistas de uma verdadeira “briga de transito” durante uma entrada do safety car. Hamilton deu o chamado teste de freios, reduzindo a velocidade e foi tocado por Vettel, que retrucou com uma batida proposital na traseira do rival. Vettel foi punido com um stop&go de 10 segundos e o lance definiu a sorte dos dois pilotos na corrida. Com o resultado, Vettel manteve a liderança do campeonato, com153 pontos, contra 139 de Hamilton. Raikkonen abandonou na volta 46 e a Mercedes ampliou a diferença sobre a Ferrari para 24 pontos: 250 a 226.
Na Áustria, Sebastian Vettel largou da segunda posição, na primeira fila, ao lado de Bottas. Kimi Raikkonen e Daniel Ricciardo formaram a segunda fila. Depois de conquistar a sua segunda pole position, Valtteri Bottas, da Mercedes, obteve também a sua segunda vitória da carreira na Fórmula 1. Sebastian Vettel, que chegou a apenas 0s658 dele, aumentou para 20 pontos a vantagem sobre Lewis Hamilton na liderança do campeonato (171 a 151). A Mercedes ampliou para 31 pontos a vantagem sobre a Ferrari (287 a 254).
No Grande Prêmio da Inglaterra, Lewis Hamilton foi pole position e a segunda posição do grid foi ocupada por Kimi Raikkonen, que superou o companheiro de equipe, Sebastian Vettel. Na largada, Vettel ficou atrás de Verstappen, mas recuperou sua posição quando piloto da Red Bull foi ao box. Kimi Raikkonen foi o terceiro no pódio, depois de ter pneu esquerdo dianteiro furado na penúltima volta. Ele teve que ir ao box para troca do pneu, perdendo momentaneamente a posição, mas recuperou o 3º lugar ao ultrapassar Vettel, que teve também um furo no pneu e caiu para o 7º lugar. Hamilton, que ganhou a corrida pela 4ª vez consecutiva, baixou para apenas um ponto (177a176) a diferença entre ele e Sebastian Vettel. A Mercedes totalizou 330 contra 275 pontos.
Depois de um fim de semana terrível em Silverstone, a Ferrari parecia dominante no sábado, com Vettel conquistando na Hungria a 48º pole position da carreira, com recorde para o circuito de Hungaroring. Com o tempo de 1m16s276, o piloto alemão bateu o recorde que era dele mesmo, obtido em 2010, com 1m18s773. Kimi Raikkonen, também da Ferrari, que fez 1m16s444, completou a primeira fila. Vettel venceu a prova e aumentou para 14 pontos a vantagem sobre Lewis Hamilton. O piloto alemão chegou a 202 pontos e o rival, 4º colocado na prova, passou a 188. Foi a 46ª vitória de Vettel na carreira, a 4ª do ano e a 2ª na pista da Hungria. Kimi Raikkonen completou a dobradinha da Ferrari. A Mercedes chegou a357 pontos, contra 318 da Ferrari.
No Grande Prêmio da Bélgica, Sebastian Vettel largou da primeira fila, ao lado de Hamilton, depois de tomar a posição de Valtteri Bottas no minuto final da classificação, por 0s899. Kimi Raikkonen, que havia liderado o primeiro e o terceiro treinos livres, acabou na 4ª posição do grid. Lewis Hamilton venceu de ponta a ponta e baixou para 7 pontos a vantagem de Sebastian Vettel, segundo colocado na corrida. Vettel passou a 220 pontos e Hamilton a 213. O piloto alemão da Ferrari pressionou o rival durante toda a corrida, chegando a fazer a volta mais rápida, na 41, com 1m46s577 (novo recorde da pista), mas nunca conseguiu baixar a diferença para menos de um segundo, que lhe permitiria usar a asa móvel. Räikkönen foi 4º, com recuperação, depois de ter recebido uma penalidade de 10 segundos por ignorar bandeiras amarelas. Entre as equipe, a vantagem da Mercedes subiu para 44 pontos: 392 a 348.
Na Itália, na sessão classificatória em pista úmida, Vettel e Räikkönen só conseguiram se classificar em 7º e 8º, mas largaram da 6ª posição e 7ª posições, beneficiados pelas punições a Max Verstappen e Daniel Ricciardo, da Red Bull. Lewis Hamilton venceu a corrida e assumiu pela primeira vez a liderança do campeonato da F1 de 2017, com 3 pontos de vantagem sobre Sebastian Vettel 3º colocado (238 a 235). A Mercedes continuou ampliando a vantagem sobre a Ferrari, que passou a 62 pontos (435 a 373).
Em Cingapura, a Ferrari conseguiu superar a concorrência da Red Bull na qualificação. Com duas voltas voadoras nos minutos finais da classificação, Sebastian Vettel conquistou a pole position para o GP de Cingapura de 2017. Ao faltarem dois minutos para o fim do treino, Vettel, com o tempo de 1m39s669, tomou a liderança de Max Verstappen, que tinha feito 1m39s814. Já com o cronometro zerado, o alemão confirmou a pole, com 1m39s491. Com essa marca, ele superou o recorde da pole na pista de rua de Marina Bay, que era dele mesmo, com 1m44s381, obtido em 2011, quando ainda corria pela Red Bull. Foi a 4ª pole de Vettel em Cingapura, a 3ª na temporada e a 49ª da carreira. Na prova, porém, depois de se envolver num choque com Max Verstappen e Kimi Raikkonen, Vettel bateu no muro e abandonou logo depois da largada, permitindo a vitória de Lewis Hamilton, que aumentou a vantagem para 28 pontos, após aproveitar a confusão da largada para pular do 4º para o 1º lugar. O abandono de Vettel e Raikkonen foi o primeiro provocado por choque de dois pilotos da Ferrari, logo na largada em toda a história da equipe na F1, desde 1950. A vitória inesperada, numa pista em que a Ferrari era franca favorita, aumentaram as chances de Hamilton conquistar o seu tetracampeonato, igualando-se a Vettel e Alain Prost.
A Ferrari foi mais rápida no Grande Prêmio da Malásia, mas não pôde se beneficiar disso. Vettel perdeu potência durante o final do terceiro treino e teve seu motor alterado. Na Q3, ainda havia na unidade de potência dele grandes problemas, que não puderam ser resolvidos a tempo. Apesar de trabalharem freneticamente, os mecânicos da Ferrari não conseguiram preparar um novo equipamento em condições para Vettel participar da qualificação. Depois de uma segunda tentativa, ele foi para o box e não conseguiu retornar, largando do fim do grid. Kimi Raikkonen foi o segundo colocado na classificação e largou da primeira fila, ao lado de Hamilton. Os problemas continuaram no domingo, quando Raikkonen nem sequer conseguiu largar, depois de ser empurrado para fora da primeira fila e ter idos para as boxes. Vettel fez uma excelente corrida de recuperação e redução de prejuízo, chegando no 4º lugar. Com isso, ficou apenas mais seis pontos a atrás de Hamilton, que aumentou a vantagem para 34 pontos (281 a 247). Ainda como compensação, Vettel fez a volta mais rápida da corrida, estabelecendo, com 1m34s080, novo recorde da pista, que era de Carlos Montoya, desde 2004, com 1m34s223. A partir da volta 35, Vettel partiu para uma verdadeira caçada a Ricciardo, proporcionando a melhor disputa da prova. Ele usou o asa móvel várias vezes, mas o australiano resistiu, inclusive ajudado por Alonso, que na volta 48 facilitou a passagem de Ricciardo, mas atrapalhou Vettel,fazendo-o perder tempo. A contagem das equipes passou a ser 503 pontos para a Mercedes e 385 para a Ferrari.
Os problemas atingiram a Ferrari mais uma vez, durante o fim de semana do Grande Prêmio do Japão. Depois de perder o controle nas curvas de Degner no terceiro treino, Räikkönen danificou sua caixa de câmbio, recebendo uma penalidade de grid de cinco lugares. Ele se qualificou em sexto, mas começou a corrida em 10º. Vettel, que se classificou em terceiro, graças a uma troca de caixa de velocidades não programada para Bottas, foi promovido à primeira linha. Na prova, por causa de uma vela de 160 reais defeituosa, o carro do alemão não tinha potência, ele foi ultrapassado e abandonou depois de apenas 7 voltas. Foi seu segundo abandono em 3 corridas. Graças ao abandono de Vettel, Lewis Hamilton, que venceu a corrida, ficou mais perto da conquista do seu tetracampeonato. A diferença entre os dois passou de 34 para 59 pontos (306 a 247) e o 4º lugar nas últimas quatro corridas já garantiriam o título ao piloto inglês. E Vettel ainda corria o risco de ser ultrapassado por Valtteri Bottas, que chegou aos 234 pontos. A Mercedes também se aproximou mais do título dos construtores, totalizando 540 pontos, contra 395 da Ferrari.
No Grande Prêmio dos Estados Unidos, a Ferrari teve uma sexta-feira complicada. A equipe teve de mudar o chassi de Vettel, após problemas na segunda sessão de treinos que limitaram sua participação a apenas 11 voltas. No sábado, na qualificação , porém, obteve a 2ª posição, 2 décimos atrás de Hamilton. Räikkönen não teve sorte: marcou exatamente o mesmo tempo que Ricciardo, mas teve que começar em 5º porque o rival marcou o tempo primeiro. No domingo, Vettel passou por Hamilton com uma largada perfeita, mas na volta 6 foi ultrapassado e não conseguiu igualar o ritmo do inglês. Ele tentou uma estratégia alternativa com 2 pit stops, mas teve que se contentar com o segundo lugar. Räikkönen teve uma ótima corrida e foi terceiro no pódio. Ele foi ultrapassado por Verstappen na última volta, porém, o holandês recebeu uma penalidade de cinco segundos, por exceder os limites de pista e ganhar uma vantagem, tendo de voltar ao quarto lugar. Isso proporcionou à Ferrari e o primeiro duplo pódio desde a Hungria. Com a vitória do inglês e o 5º lugar de Valtteri Bottas, a Mercedes garantiu, com 3 etapas de antecipação, o quarto título consecutivo, com 575 pontos, contra 428 da Ferrari.Na classificação dos pilotos, Hamilton passou a ter 371 pontos, contra 265 de Vettel.
No México, com duas corridas de antecedência, Lewis Hamilton garantiu o título da temporada, e o 4º da carreira na Fórmula 1, numa corrida com aspectos dramáticos no Circuito Hermanos Rodrigues, na Cidade do México. O piloto inglês da Mercedes, que era 3º no grid e precisaria apenas de um 5º lugar para confirmar a conquista, teve problemas no inicio da corrida e viu ameaçada essa possibilidade. Logo após a curva três, ele foi tocado por Sebastian Vettel, seu rival direto na disputa, e os dois tiveram que ir aos boxes, Hamilton para trocar um pneu traseiro furado e o alemão para trocar a asa dianteira direita quebrada. Os dois caíram para as últimas posições, com Vettel, em 19º e Hamilton em 20º, e iniciaram corrida de recuperação. Vettel foi mais longe, mas não conseguiu chegar ao 2º lugar, que lhe permitiria adiar para o GP do Brasil a decisão do título. Räikkönen foi mal no início, perdendo várias posições, mas também se recuperou e chegou ao terceiro lugar. Com o 9º lugar, Hamilton consolidou uma vantagem de 56 pontos, que não poderia ser desfeita nas duas últimas provas do calendário.
Sebastian Vettel venceu o Grande Prêmio do Brasil, com o tempo de 1h31m26s262. Largando da 2ª posição do grid, fez um início arrojado, colocou o carro por dentro na entrada do “S do Senna” e tomou a ponta de Valtteri Bottas. Depois disso, cedeu a liderança a Kimi Raikkonen, na volta 29 e a Lewis Hamilton entre as voltas 30 e 42, mas recuperou e manteve a primeira colocação até o final, conquistando a 5ª vitória na temporada e a 47ª na carreira.
O Grande Prêmio de Abu Dhabi no circuito de Yas Marina, foi “um passei o de Valtteri Bottas pelo deserto”, como apontou o Globo Esporte. O piloto finlandês da Mercedes, que saiu da pole position, manteve a ponta na largada e não a perdeu mais, apesar de algumas tentativas do companheiro Lewis Hamilton, que terminou em segundo, a 3s899 do líder. Sebastian Vettel, da Ferrari, ameaçou Hamilton na largada, mas depois se conteve e nem mostrou disposição para enfrentar os ponteiros. Kimi Raikkonen, também da Ferrari, tentou superar Daniel Ricciardo na partida, mas o australiano só cedeu quando foi obrigado a abandonar a corrida, por problemas hidráulicos. A partir daí, Raikkonen também assegurou a 4ª posição até o final, pouco ameaçado por Max Verstappen.
O campeonato terminou com a confirmação da vitória da Mercedes, com 688 pontos, contra 522 da Ferrari. Sebastian Vettel foi o vice-campeão, com 317 pontos, contra 363 de Hamilton e Kimi Raikkonen foi o 4º colocado, com 205 pontos, atrás de Valtteri Bottas, que totalizou 305 pontos. A equipe conseguiu cinco vitórias (Vettel na Austrália, Bahrein, Mônaco, Hungria e Brasil) e cinco poles positions (quatro do Vettel na Rússia, Hungria, Singapura e México e uma do Raikkonen. em Mônaco)
Em 2018, a Ferrari completou 11 anos sem conquistar um título dos pilotos, desde a vitória de Kimi Raikkonen, em 2007, e 10 anos da obtenção da coroa dos construtores, em 2008, quando Massa perdeu para Hamilton nos 32 segundos finais do GP do Brasil.
Para buscar a recuperação a Scuderia manteve os dois pilotos da temporada anterior, Sebastian Vettel e Kimi Raikkonen, e produziu o carro considerado o mais rápido e consistente do grid. O SF71H, todo vermelho, se mostrou quebrado e capaz de se adequar a todas as pistas do calendário. Aproveitando as mudanças do regulamento, entre outras inovações, os engenheiros da equipe alongaram a distância entre eixos do carro e ajustaram as dimensões laterais para trabalhar com um novo sistema de refrigeração. A mudança mais notável, no entanto, foi a adição do sistema de proteção Halo cockpit.
O novo carro era equipado com o motor Ferrari 062 EVO 1.6 L, de injeção direta, V6 turbo, de 15.00 rpm, montado no meio da máquina, considerado muito mais potente do que o da Mercedes.
A temporada prometia e parecia ser o ano em que finalmente a Scuderia poderia encerrar o seu jejum. A equipe teve uma oportunidade de ouro para ser a primeira a acabar com o domínio da Mercedes na era do híbrido turbo, mas falhou.
Erros na pista e de estratégia fizeram com que Vettel ficasse atrás de Hamilton faltando três corridas para o fim do campeonato.
A Scuderia esteve no controle de ambos os campeonatos, depois de fazer grandes avanços com seu carro e motor, e liderou os dois campeonatos mundiais depois das 10 rodadas da temporada. Mas apesar de parecer terem o carro mais rápido na maior parte do ano, uma série de oportunidades perdidas e uma direção errada em desenvolvimento, atrapalharam suas esperanças de título.
No período de quatro corridas entre o GP da Alemanha e da Itália, a Ferrari tinha uma vantagem pequena, mas significativa, sobre a Mercedes, mas foi nesse período em que as coisas desmoronaram de forma dramática. Eles simplesmente não conseguiram fazer a sua vantagem prosperar.
Os erros mais prejudiciais foram cometidos por Sebastian Vettel, mas a equipe teve sua parcela de culpa no fracasso. Três momentos no meio da temporada tiveram o maior significado.
O primeiro foi na França, quando Vettel, em terceiro, bateu na traseira de Valtteri Bottas depois de travar durante a primeira volta. O carro dele sofreu danos ele terminaria em quinto.
O segundo foi na Alemanha, uma corrida onde ele conquistou a pole enquanto Hamilton se classificou em 14º na classificação. Liderando a corrida em casa com praticamente 10 segundos, Sebastian Vettel pisa na parte mais molhada na pista, bloqueia os freios, e bate contra a proteção dos pneus perdendo a vitória. Este foi o erro mais caro da temporada, deixou o alemão 17 pontos atrás e foi fundamental no campeonato.
Na Itália, com o novo Presidente da Ferrari e toda a família Ferrari presente em Monza para assistir à corrida, Sebastian Vettel na largada tenta uma ultrapassagem contra Kimi Raikkonen, não consegue, e na chicane “Roggia”, Lewis Hamilton o ultrapassa por fora. Ele tenta forçar por dentro batendo em Hamilton, acaba rodando e deixando a pista. O vexame foi tão grande que o novo Presidente da Ferrari e a família Ferrari foram embora logo após a batida.
Depois do GP da Itália, faltando 7 corridas, Vettel perdia por 30 pontos (26 a 236) e Cingapura parecia uma última chance para a Ferrari fechar a Mercedes. Mas a equipe italiana foi superada pela rival, que então tinha o carro mais rápido, e manteve a vantagem até o final da temporada.
Os erros seguidos de Vettel, não foram porém, a única causa do malogro da Ferrari. A falta de liderança em Maranello também contribuiu para a equipe continuar na fila. A Scuderia não teve em Maurizio Arrivabene um líder com experiência e a eficiência da equipe de suporte também foi falha. A falta do presidente Sérgio Marchione, falecido em 25 de julho, foi apontada como principal razão dessa confusão interna da Scuderia.
Não trocar as posições de Raikkonen e Vettel na Áustria ou não liberar o finlandês antes em Monza foram apontados como erros de estratégia da Ferrari.
Nos instantes finais do terceiro treino livre do GP da Rússia, em Sochi, a equipe italiana calculou mal o tempo restante da sessão e fez com que Raikkonen perdesse o treino de largada. Kimi reclamou ainda dentro dos boxes: “vamos perder, caralho”. Depois, quando ele ia para a pista, a Ferrari falou: “pare o carro, Kimi”. Ele se irritou e soltou em inglês: “que merda é essa?”. Pouco depois, completou em finlandês: “que bagunça do caralho”. A equipe já havia errado com o piloto no Barein, quando ele foi liberado antes do tempo no pit stop e acabou atropelando um mecânico, que quebrou a perna. Na Bélgica, Kimi ficou sem combustível após um erro de cálculo durante o Q3.
Em resumo, a temporada da Ferrari foi assim:
Com uma estupenda última volta no final da Q3, Lewis Hamilton conquistou a pole position do GP da Austrália com um novo recorde extraoficial da pista de Melbourne, 1m21s164. Kimi Raikkonen completou a primeira fila e Sebastian Vettel e Max Verstappen formaram a segunda. Na 26ª volta, Sebastian Vettel saiu na frente de Lewis Hamilton, que era o líder, e venceu a corrida. Isso aconteceu depois de Romain Grosjean, da Haas, ter estacionado seu carro em área perigosa da curva 2, obrigando a instalação do safety car virtual. Hamilton foi obrigado a respeitar o limite de velocidade, dando tempo a que Vettel trocasse os pneus, saísse dos boxes à frente dele e garantisse a vitória numa pista onde as ultrapassagens são muito difíceis. As circunstâncias do fato causaram suspeitas de que tivesse sido resultado de uma manobra da Ferrari e da Haas. Segundo algumas versões, a equipe norte-americana teria atendido pedido da italiana, que é sua fornecedora, e deixado à roda dianteira esquerda do carro de Grosjean solta, na parada e o piloto teria sido orientado a não parar em zona de segurança, como fez seu companheiro Kevin Magnussen, duas voltas antes, pelo mesmo motivo. A intenção de manobra não foi confirmada e a FIA admitiu que, ao perceber o erro, a equipe ordenou que o piloto parasse o que foi feito onde foi possível. Mas a Haas foi multada em 10 mil dólares por ter liberado os dois carros de forma insegura. Kimi Raikkonen foi o terceiro no pódio.
No, Bahrein, depois de ficar atrás do companheiro nos treinos livres, Sebastian Vettel surpreendeu na última volta da Q3 e conquistou a pole position. Kimi Raikkonen, que tinha feito o melhor tempo no início da fase decisiva, acabou ficando com a segunda posição no grid. Foi a 52ª pole da carreira de Vettel e a 74ª dobradinha da Ferrari. Sebastian Vettel fez uma boa largada e manteve a ponta. Valtteri Bottas aproveitou o lado limpo da pista e passou por Kimi Raikkonen, por fora, na curva 1 e assumiu o segundo lugar. Raikkonen deixou a pista na volta 35, com problemas na roda.
Com um tempo inesperado, já com o cronometro zerado, Sebastian Vettel tomou a pole position do companheiro Kimi Raikkonen para o G P da China de 2018. Na sua última tentativa, o piloto alemão fez 1m31s095, novo recorde para a pista de Xangai, superando o finlandês por 0s087. Na largada, Vettel teve de fechar a porta para Kimi Räikkönen, a fim de manter a liderança da prova. O ‘Homem de Gelo’ acabou perdendo terreno e foi superado por Valtteri Bottas e também por Max Verstappen. No grampo depois da longa reta de Xangai, Verstappen colocou o carro por dentro, para tentar passar Vettel, mas tocou na Ferrari e os dois rodaram. O alemão levou a pior e caiu para sétimo lugar. Ricciardo, na manobra mais espetacular da corrida, colocou por dentro na curva 6, passou Bottas, assumiu a liderança e rumou para uma vitória incrível e improvável. Vettel terminou em 8º, mas manteve vantagem de 9 pontos (54 a 455) sobre Hamilton, que foi 4º. Kimi Raikkonen voltou a ocupar o 3º lugar do pódio, e a Ferrari foi superada pela Mercedes por 1 ponto (85 a 84.)
Sebastian Vettel fez o melhor tempo no treino classificatório e conquistou a pole position do Grande Prêmio do Azerbaijão de 2018. Na última fase do treino, Kimi Raikkonen chegou a ameaçar a posição do companheiro de equipe, sendo mais rápido nos dois primeiros setores, mas cometeu um erro e acabou em 6º..Na corrida, porém, o alemão terminou em 4º, enquanto o companheiro Kimi Raikkonen voltou ao pódio, com a segunda colocação. Hamilton, que venceu a corrida, ultrapassou Vettel na classificação por 4 pontos (70 a 66), mas a Ferrari aumentou para 4 pontos a diferença sobre a Mercedes: 114 a 110.
Na Espanha, Sebastian Vettel foi o 3º no grid, largando da segunda fila, ao lado do companheiro Kimi Raikkonen. O alemão chegou a estar em 2º, mas fracassou na tentativa de ultrapassar Verstappen e acabou em 4º. Raikkonen abandonou na volta 25, com problemas no turbo. Hamilton obteve a segunda vitória consecutiva e aumentou para 17 pontos a diferença em relação a Vettel (95 a 78). A vantagem da Mercedes sobre a Ferrari subiu para 26 pontos (153 a 126)
Depois de se impor nas três sessões de treinos livres e na etapa de qualificação, a Red Bull dominou amplamente o GP de Mônaco, com o australiano Daniel Ricciardo. Sebastian Vettel chegou em 2º e Hamilton foi terceiro no pódio. A diferença de Hamilton para Vettel caiu para 14 pontos (110ª a 96) e a Mercedes totalizou 178 pontos, contra 156 da Ferrari..
No Canadá, com uma volta excepcional, que estabeleceu novo recorde para a pista do Circuito Gilles Villeneuve, Sebastian Vettel conquistou a pole position e a 5ª vitória da carreira, a primeira da Ferrari no circuito de Montreal, desde a de Michael Schumaker, em 2004. A pole foi a primeira da equipe italiana depois de17 anos. Com a vitória, o alemão reassumiu a liderança do campeonato, com121 pontos, contra 129 de Hamilton, que foi o 5º colocado
Na França, prejudicado pela falta de equilíbrio do seu Ferrari, Vettel teve de se conformar com a quinta posição. Hamilton, da Mercedes, que venceu a corrida, reassumiu a liderança do campeonato, com 145 pontos, contra 131 de Vettel. Max Verstappen, da Red Bull, foi o segundo colocado, e Kimi Raikkonen, da Ferrari, completou o pódio. A Mercedes aumentou a vantagem sobre a Ferrari para 23 pontos (237 a 214).
Na Áustria, Vettel, que obteve a 3ª colocação na qualificação, foi rebaixado para a 6ª, punido com perda de 3 posições por atrapalhar Carlos Sainz Jr. no final da Q2. Ele e Kimi Raikkonen, depois de um início lento, se recuperaram durante a corrida e chegaram ao pódio, com o alemão assumindo a liderança da classificação, com 146 pontos, contra 145 de Hamilton. A Ferrari também recuperou a primeira posição entre os construtores, com10 pontos de vantagem sobre a Mercedes (247 a 237).
Na Inglaterra, Vettel voltou a largar da 3ª posição do grid e chegou em primeiro na sua quarta vitória na temporada e 51ª na carreira e aumentou para 8 pontos (171 a 163) a vantagem sobre Lewis Hamilton na liderança do campeonato da Fórmula 1. O piloto alemão liderou no começo, perdeu a ponta ao fazer um pit stop a mais do que os pilotos da Mercedes, mas recuperou a primeira posição ao ultrapassar Valtteri Bottas a cinco voltas da bandeirada. Raikkonen foi punido com dez segundos no primeiro pit stop, por bater em Hamilton, na largada, mas conseguiu se recuperar e terminou em terceiro. A Ferrari também estabeleceu 20 pontos de diferença para a Mercedes (287 a 267).
Na Alemanha, Sebastian Vettel obteve a sua 5ª pole position e Raikkonen foi 3º no grid, atrás de Valtteri Bottas, da Mercedes. Na 51ª das 67 voltas, porém, o alemão, isolado na frente, mas com pneus secos em pista molhada, escapou na curva 3, bateu no muro e teve de deixar a pista. Raikkonen reduziu o prejuízo, chegando em 3º, e a vantagem da Mercedes caiu para 8 pontos (310 a 302). Hamilton, que largou da 14ª posição e ganhou a prova, retomando a liderança do campeonato, com 17 pontos de vantagem sobre Vettel (188 a 171).
Na Hungria, de luto pela morte do presidente Sergio Marchione, a equipe da Ferrari usou faixa preta no braço. Os carros levaram também uma faixa preta na pintura e no motor home a bandeira da equipe foi hasteada a meio mastro. Sergio Marchione, italiano, morreu no dia 25 de julho, aos 66 anos. Na qualificação, Raikkonen foi 3º e Vettel, o 4º.. Na corrida, Lewis Hamilton confirmou a pole position, venceu e ampliou para 24 pontos (213 a 189) a sua vantagem sobre Sebastian Vettel, que chegou em segundo e subiu ao pódio com o companheiro Kimi Raikkonen, 3º colocado. A Mercedes continuou à frente da Ferrari, com. 345 pontos a 335.
Na Bélgica, em pista seca, a Ferrari dominou todos os treinos livres, mas, com chuva, em pista ainda molhada, Lewis Hamilton se impôs na Q3 da qualificação e conquistou a pole position. Vettel foi 2º e Raikkonen, 6º. Na largada, Vettel superou Hamilton na largada, venceu e diminuiu de 24 para 17 pontos a vantagem de Hamilton na classificação do campeonato (231 a 214). A vantagem da Mercedes subiu de 10 para 15 pontos: 375 a 360.
Na Itália, Kimi Raikkonen conquistou a pole position, superando seu companheiro de equipe Sebastian Vettel e o rival da Mercedes, Lewis Hamilton, com o com o cronometro zerado. Foi a primeira pole do finlandês desde o GP de Mônaco de 2017, e a segunda desde seu retorno à Ferrari em 2014. Ele também se tornou, aos 38 anos, o piloto mais velho a conquistar a pole, desde Nigel Mansell, aos 41 anos, no GP da Austrália de 1994. Foi a primeira pole da Ferrari em Monza, desde 2010, e a primeira dobradinha, desde o GP da Itália de 2000. No entanto, um choque de Sebastian Vettel e uma artimanha estratégica da Mercedes deram a vitória a Lewis Hamilton. Na primeira volta, depois de ser ultrapassado pelo rival, Vettel bateu no carro de Hamilton, teve uma asa quebrada e na volta do conserto, caiu para o último lugar sem condições de lutar com o inglês pela ponta e mudança na classificação. Na metade da prova, a Mercedes simulou preparação para parada de Hamilton, o que levou a Ferrari a chamar para o box Kimi Raikkonen para troca de pneus. Hamilton, todavia, permaneceu na pista e com ajuda de Valtteri Bottas, acabou chegando à liderança. A vantagem do inglês pulou para 30 pontos (260 a 230) e a da Mercedes para 25 pontos (415 a 390).
Em Cingapura, Lewis Hamilton contrariou a impressão de que a Ferrari tinha um carro mais acertado na primeira saída no Q3, conquistou a 79.ª pole position dele na carreira. O treino começou com apreensão para a Ferrari, porque o carro de Sebastian Vettel apresentou um problema elétrico minutos antes das tomadas de tempo. No terceiro treino livre, mais cedo, o alemão liderou a pista e estabeleceu o recorde de 1min38s054, em dobradinha com Kimi Raikkonen. E, sem nenhum contratempo, Hamilton chegou fácil à bandeira quadriculada, graças, também a aos erros da Ferrari, principalmente na administração dos pneus e na volta de Vettel à pista atrás de Perez, dando tempo a Verstappen de parar e voltar na frente dele. A vantagem de Hamilton sobre Vettel passou a 40 pontos (281 a 241) e a da Mercedes para a Ferrari chegou a 37 pontos (452 a 415).
O Grande Prêmio da Rússia foi marcado pela jogada de equipe da Mercedes, que mandou Bottas dar passagem a Hamilton, que acabou vencendo a corrida. Com a vitória, Hamilton aumentou para 50 pontos a sua vantagem sobre Sebastian Vettel, da Ferrari, que passou a precisar ganhar todas as cinco corridas que restavam e torcer para que Hamilton tivesse alguns contratempos e não fosse pelo menos 2º colocado nessas provas, o que não aconteceu, como veremos adiante. A classificação ficou assim: Hamilton, 306; Vettel, 256. Mercedes, 495, Ferrari, 420. .
No Japão, Sebastian Vettel foi surpreendido pela chuva, não conseguiu se recuperar e acabou na 9ª colocação do grid, complicando a disputa pelo título com Hamilton, mesmo depois de ter subido para 8º, com punição a Esteban Ocon. Raikkonen foi o 4º colocado no grid. Lewis Hamilton, o pole position, venceu de ponta a ponta e praticamente colocou a mão no título de pentacampeão. Ele aumentou para 67 pontos (331 a 264) a vantagem sobre Sebastian Vettel e seria campeão com 1 quinto lugar e 3 sextos, mesmo que seu único rival vencesse as quatro corridas restantes. Num último esforço para alcançar o pódio, Vettel deu duas boas disparadas, fazendo a melhor volta nas 52ª e 53ª, mas não pode ir além do 6º lugar. A Mercedes somou 639 pontos e a Ferrari, 460.
Nos Estados Unidos, embora tenha sido o segundo mais rápido, Vettel largou da 5ª posição do grid, por não ter respeitado bandeira vermelha no primeiro treino livre de sexta-feira. Kimi Raikkonen saiu ao lado de Hamilton, na primeira fila, venceu o GP e adiou a decisão do título. Lewis Hamilton, que poderia conquistar nessa prova o pentacampeonato, foi apenas o 3º colocado, e não conseguiu estabelecer diferença suficiente para se livrar da concorrência de Sebastian Vettel, 4º colocado. O piloto inglês totalizou 346 pontos, contra 246 do alemão, e a diferença de 70 pontos não bastou para a decisão, pois restando as corridas do México, Brasil e Abu Dhabi, havia 75 pontos em disputa. Foi a primeira vitória de Raikkonen depois de 114 corridas, um novo recorde na F1. A Mercedes também ficou perto do título, com563 pontos, contra 497 da Ferrari.
No México. Lewis Hamilton terminou no 4º lugar e com o resultado garantiu o título de campeão de 2018 e de pentacampeão da Fórmula 1. Ele totalizou 358 pontos, e com vantagem de 64 não poderia ser superado pelo rival mais próximo, Sebastian Vettel, nas corridas do Brasil e de Abu Dhabi, onde estariam em jogo 50 pontos. Sebastian Vettel, foi o segundo colocado e Kimi Raikkonen completou o pódio. A Mercedes chegou a 585 pontos e a Ferrari a 530
No Brasil, a Ferrari precisaria vencer a Mercedes por uma diferença de 13 pontos, para manter as esperanças de ainda lutar pelo título das construtoras. Hamilton foi o pole e foi acompanhado na primeira fila pelo rival Sebastian Vettel. Bottas e Raikkonen formaram a segunda fila; Com a vitória de Hamilton e a 5ª colocação de Valtteri Bottas, a Mercedes garantiu seu 5° título consecutivo, fazendo 35 pontos e totalizando 620, contra 553 da Ferrari, que fez apenas 23 pontos, 15 de Raikkonen, 3º e 8 de Vettel, 6º colocado.
Em Abu Dhabi, com uma volta voadora, Lewis Hamilton conquistou pela 4ª vez no circuito de Yas Marina, pela 11ª do ano e 83ª vez na carreira, a pole position, com o tempo de 1m34s794, um novo recorde da pista. Sebastian Vettel e Kimi Raikkonen, da Ferrari, formaram a segunda fila, Hamilton confirmou a condição de pentacampeão e favorito e encerrou o campeonato de 2018 com vitória. Sebastian Vettel foi 2º e Raikkonen abandonou na volta 8, por problemas elétricos.
Na contagem final, Sebastian Vettel foi vice-campeão com 302 pontos (Hamilton teve 383) e Raikkonen, 3º colocado, com 251 pontos. A Ferrari teve 553 pontos, contra 392.
Organização
Nome oficial | Scuderia Ferrari Mission Winnow |
Endereço | C.P. 589 – VIA EMILIA 1163/1-41100 MARANELLO- MODENA – ITÁLIA Telefone: +39 0536 949362 |
Site | Site: http://www.ferrari.it |
Direção
Fundador | Enzo Ferrari | |||
Presidente | John Elkann | |||
Executivo-chefe | Louis Carey Camilleri | |||
Chefe de equipe | Maurizio Arrivabene | |||
Engenheiro Chefe | Jock Clear | |||
Técnico chefe | Mattia Binotto | |||
Diretor Esportivo | Lorenzo Sassi | |||
Projetista Chefe | Fabio Montecchi | |||
Chefe de aerodinâmica | David Sanchez | |||
2019 | ||||
Pilotos | Sebastian Vettel – 5
Charles Leclerc – 16
| |||
Carro | SF90 | |||
Motor | Motor Ferrari 064 | |||
Corridas | 9 | |||
Vitórias | 0 | |||
Poles | 3 | |||
Pódios | 4 | |||
Volta | 3 | |||
Pontos | 228 | |||
Posição | 2º | |||
2018 | ||||
Pilotos – | Sebastian Vettel
Charles Leclerc
Antonio Giovinazzi
| |||
Pilotos de testes | Marc Genê
Davide Rigon
| |||
Piloto de desenvolvimento | Daniil Kvyat | |||
Carro | SF71H | |||
Motor | Ferrari 062EVO | |||
Corridas | 21 | |||
Vitórias | 6 | |||
Pontos | 571 | |||
Posição | 2º | |||
Volta + rápida | 2 | |||
Pódios | 24 |
Desempenho
Estreia |
GP de Mônaco
21/05/1950
|
1ª pole |
Froilan Gonzáles – GP da Inglaterra
14/07/1951
|
1º vitória |
Froilan Gonzáles – GP da Inglaterra
14/07/1951
|
Corridas | 979 |
Títulos | 16 (1961, 1964, 1975, 1976, 1977, 1979, 1982, 1983, 1999, 2000, 2001, 2002, 2003, 2004, 2007, 2008). |
Pilotos campeões | 15 (1952, 1953, 1956, 1958, 1961, 1964, 1975, 1977, 1979, 2000, 2001, 2002, 2003, 2004, 2007) |
Vitórias | 235 |
Pódios | 759 |
Poles | 222 |
Voltas + rápidas | 251 |
Dobradinhas | 83 |
Pontos | 7.981,50 |
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