A Historia da Equipe Brabham na formula 1

A Brabham é uma equipe muito conhecida no Brasil porque dois brasileiros pilotaram seus carros: José Carlos Pace, o Moco, e Nelson Piquet. Mas no resto do mundo, sua fama se deve mesmo ao seu fundador, o australiano Jack Brabham, o único piloto a chegar ao título mundial da F1 pilotando o carro que ele mesmo construiu.
Jack Brabham já havia ganhado cois títulos consecutivos na F1, em 1959 e 1960, quando decidiu voltar à Austrália e fazer parceria com o engenheiro aeronáutico Ron Tauranac. Os dois foram para a Inglaterra e fundaram a MRD, para fabricar os próprios carros. A empresa nem bem começou seus negócios e teve e mudar de nome. A sigla, pronunciada rapidamente provocava risos dos franceses, pois soava como “Merda”. O problema foi contornado com a colocação na fábrica do nome do próprio piloto.
Em 1963, a Brabham Racing Organization foi fundada, usando os carros fabricados pela MRD. Já em 1964, conseguiu suas primeiras vitórias, mas não com Jack. Foi o norte-americano Dan Garney quem venceu, em 1964, os GPs da França e do México.
Em 1965, a força dominante foi a Lotus. Mas em 1966, quando foi introduzido o motor de três litros, a Brabham tinha o motor australiano da Repco e isso facilitou o trabalho de Brabham, que venceu o GP da França e partiu para vencer o campeonato da F1, tornando-se o primeiro piloto a ganhar uma prova e o título pilotando um carro com seu próprio nome.
No ano seguinte, 1967, os carros da Brabham pareciam ser presa fácil para as Lótus com motor Cosworth.  Mas, com a maior resistência dos seus carros, aliada à consistência do neozelandês Denis Hulme, a Brabham ganhou mais um título de pilotos e o de construtores.
Na temporada de 1968, a Brabham se perdeu, por causa do novo motor da Repco, com quatro comandos de válvulas, mas não era nem rápido nem resistente. O piloto austríaco Jochen Rindt, contratado como uma promessa de bons desempenhos, acabou deixando a equipe no final da temporada.
Depois do domínio da Matra e de Jackie Stewart em 1969, a Brabham decidiu que, nos 44 anos, a temporada de 1970 seria a sua última. Naquele ano, Tauranac projetou um belo carro, o BT (Brabham Tauranac) 33.  Com ele, Brabham venceu a prova de abertura do campeonato, na África dom Sul. Venceria também em Mônaco, se não tivesse cometido na última curva, quando era pressionado por Jochen Rindt, da Lótus. O ano de Jack e sua carreira acabaram junto com o combustível do seu carro, na última curva do GP da Inglaterra, em Brands Hatch, depois de vencer uma disputa com Rindt. Brabham, então voltou para a Inglaterra.
Depois de um ano ruim em 1971, com os pilotos Graham Hill e Tim Schenken, Ron Tauranac vendeu a equipe ao inglês Bernie Ecclestone. Um dos assistentes de Tauranac, o sul-africano Gordon Murray, tornou-se o responsável pelo projeto dos carros. Apesar da troca da dupla, Ecclestone e Murray não trocaram a sigla cós carros, que continuaram a ser chamados de BT. Assim, para a temporada de 197ª, a Brabham produziu um dos mais belos carros da F1, os BT 44, com o qual ao argentino Carlos Reutemann venceu três corridas naquele ano. Esse foi também o ano de estreia de José Carlos Pace, que ficou em segundo lugar no GP dos Estado Unidos, na pista de Watkins Glen.
Depois que Moco venceu a segunda prova da temporada de 1975, a equipe Brabham foi atraída pelo desempenho dos motores de 12 cilindros da Ferrari. Como a Alfa Romeo fabricava motores iguais, um acordo entre as duas acabou sendo assinado. Mas, num belo campeonato, decidido na última prova, Piquet não conseguiu que a equipe chegasse a mais um título de construtores.
Com Piquet, a Brabham venceu outro campeonato de pilotos, em 1983, graças a uma perfeita parceria entre o piloto brasileiro e Gordon Murray, que introduziram o reabastecimento durante a prova. Exímios estrategistas, eles confundiram a concorrência, parando em algumas provas e seguindo sem paradas em outras. Um título que juntou talento e muita malícia.
Depois que Piquet a deixou, em 1986, a Brabham nunca mais voltou a ser a mesma. Naquele mesmo ano, o italiano Élio de Angelis morreu num BT 55, quando fazia um teste particular da equipe. Em 1987, Bernie Ecclestone retirou a equipe do campeonato. Quando ela retornou ás provas, em 1989, era comandada por um financista suíço, que mais tarde acabou preso por fraudes no mercado financeiro.
Apesar de ter existido até 1992, os resultados da Brabham não reproduziram seus melhores anos,e, com problemas financeiros, a equipe foi desfeita.

Nenhum comentário:

Postar um comentário